"Carta dum Vagabundo"
Queria que hoje fosse
noite para sempre. Calco
as pegadas d’ontem
como se as pegadas
fossem o caminho.
A brevidade do sonho em
cada nó: cada vento
é vapor de olhar distante.
O gato, se não fosse gato
seria eu.
Avisto o pão
acreditando que pão é sonho
disfarçado de esmola.
O trabalhador mora nalgum sítio
mas mora a noite como eu,
e como a puta do outro lado.
Amanhã o morcego será a minha alma,
relógio inacabado da vida.
Lucas Madrugada
noite para sempre. Calco
as pegadas d’ontem
como se as pegadas
fossem o caminho.
A brevidade do sonho em
cada nó: cada vento
é vapor de olhar distante.
O gato, se não fosse gato
seria eu.
Avisto o pão
acreditando que pão é sonho
disfarçado de esmola.
O trabalhador mora nalgum sítio
mas mora a noite como eu,
e como a puta do outro lado.
Amanhã o morcego será a minha alma,
relógio inacabado da vida.
Lucas Madrugada
2 Comments:
Ontem comprei pão... não tinha sal... Voltei à padaria e deram-me o dinheiro de volta.
A tua alma e a tua alba, ó Walt Whitman massamiano!
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