Um excerto de "O choro de Carolina"
Carolina parou a leitura nesse preciso momento. Não quis mais. Não conseguia mais fixar a sua atenção para além do que se tinha passado, nem nessa estória com a qual se identificava. Saiu de casa. O lago reluzia a voz da lua. Voz fleumática. Voz estática. As ondulações eram tremores de sofrimento. O lago procurava uma alma gémea. O lago era o seu sofrimento. O lago era ela, para sempre.
Como um sonâmbulo, andou lentamente, envolvida no seu olhar distante e vazio. Parou numa lápide na qual estava inscrito um poema sem autor identificado:
De um Lago
estabelecido em Ódio
surge a harmonia
silvestre
chega o Hino ao Silêncio
mudo
campestre
e o canto celestial
da menina afogada
Lucas Madrugada
Como um sonâmbulo, andou lentamente, envolvida no seu olhar distante e vazio. Parou numa lápide na qual estava inscrito um poema sem autor identificado:
De um Lago
estabelecido em Ódio
surge a harmonia
silvestre
chega o Hino ao Silêncio
mudo
campestre
e o canto celestial
da menina afogada
Lucas Madrugada
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